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Opções de armazenagem para o ramo automobilístico
O ramo automobilístico e um dos mais importantes do Mundo. No Brasil não é diferente. De acordo com o Anuário 2022 da ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o segmento reúne 27 fabricantes de veículos, máquinas agrícolas e rodoviárias, incluindo 486 empresas associadas ao Sindipeças. Há ainda 4.897 concessionárias de veículos, filiadas à Fenabrave.
Segundo o site automotivebusiness.com.br, “o setor reúne 57 unidades industriais em nove estados e 39 municípios, que conferem uma capacidade instalada para produção de 4,5 milhões de autoveículos. O faturamento acumulado em 2020 foi de US$ 39,6 bilhões”. Mais de um milhão e cem mil pessoas trabalham direta ou indiretamente no segmento, responsável por 20% do PIB industrial do Brasil.
Os números são impressionantes. Mas a margem de lucro nem sempre é tão expressiva, levando em consideração os investimentos que devem ser feitos pelas corporações em suas plantas industriais. Recentemente, por exemplo, a Ford mudou sua estratégia global, deixando de produzir veículos populares, o que levou ao fechamento das fábricas brasileiras. Por isso é tão importante a otimização de processos. Claro, isso também vale para as unidades de armazenagem do setor.
O setor automotivo trabalha com diferentes tipos de materiais, que exigem estratégias de estocagem levemente personalizadas, dependendo do SKU. Veja agora alguns deles, de acordo com o blog solistica.com:
- PEÇAS DE MECÂNICA – Caixas de direções, velocidades e motores devem ser manipuladas com cuidado especial e não podem ser movidas de um lado para o outro, já que têm óleo dentro e, se este for derramado, a peça pode ser danificada.
- PEÇAS DE DESGASTE – Estamos falando de produtos como pastilhas de freio, que devem sempre ser deixadas em sua embalagem original de fábrica (dentro do pacote). Quando necessário, a peça é removida usando proteção, como máscaras, já que o material é tóxico.
- PEÇAS ELÉTRICAS – Como no caso das lâmpadas, não devem ser manipuladas pela cabeça.
- BATERIAS – Trata-se de material perigoso e devem ser utilizadas no seu caso classificações de cores e datas de vencimento. Nunca devem ser armazenadas no chão. Sempre em estantes.
- LÍQUIDOS – Com os produtos químicos, como os adesivos, limpadores, refrigeradores ou aditivos, deve-se verificar a data de vencimento antes do armazenamento, porque se já venceram tais mercadorias não devem ser distribuídas.
Ainda segundo o blog solistica.com, a armazenagem para o setor automotivo exige uma série de estantes diferenciadas, devido a grande gama de componentes:
- “Estantes para grandes cargas ou para produtos especiais. São as empregadas quando as dimensões ou peso da carga exigem (canos de mais de 1,5 m de longitude, pneus etc.)
- Estante convencional. É a mais utilizada, utiliza-se para a armazenagem de mercadorias paletizáveis.
- Estantes compactas. Recomendáveis quando se precisa armazenar grande quantidade de uma mesma referência durante um período de tempo médio– longo.
- Estantes para cargas leves e mini load. Usadas quando o pequeno peso dos pacotes a serem armazenados permite.
- Silo autônomo. É o maior investimento possível em um armazém tanto em nível de estantes como de equipamentos de manutenção. Em essência trata-se de estantes com grande altura com corredores, sendo cada um deles atendido por uma empilhadeira.
- Estantes móveis: movimentam-se sobre trilhos de tal forma que o corredor de acesso é único em todo o bloco. São utilizadas quando o volume do armazém é a principal restrição”.
Para o professor Balduir Carletto, que dá aulas sobre Logística na Universidade Estadual de Ponta Grossa e também na Faculdade Santana (ambas situadas na cidade de Ponta Grossa, no Paraná), hoje o setor automobilístico usa geralmente grandes galpões com estantes fixas, no que se refere à estrutura física de armazenagem. O diferencial está na tecnologia empregada e na forma de trabalhar. Nenhuma dessas empresas opera sem um robusto WMS (Warehouse Management System) para controlar o estoque e toda a movimentação de mercadorias. Segundo Carletto, “o setor automotivo tem se preocupado ao longo dos últimos 50 anos a racionalizar todos os seus processos, operando sempre através do método JUST IN TIME. Dentro dessa linha de conduta, hoje, por exemplo, o funcionário que está na linha de montagem não sai mais do seu posto de trabalho para ficar abastecido com os materiais que utiliza. Assistentes do setor de estoque fazem esse serviço para poupar o tempo do primeiro grupo. Aliás, os estoques são cada vez menores. A empresa compra apenas aquilo que vai ser necessário. Faz parte da política JUST IN TIME” (Em tempo: Just In Time é um método desenvolvido por Taiichi Ono no Japão, em 1947, dentro da empresa Toyota. Trata-se de uma sistemática responsável por buscar a precisão da cadeia de produção, encaixando as operações e as execuções de acordo com o nível de demanda. Ou seja, tudo ocorre no seu devido tempo, nem antes, nem depois).
Outra técnica japonesa muito usada na Intralogística do setor automotivo é o 5S. Ela consiste em cinco passos que exigem a famosa disciplina oriental:
- Seri ou classificação: reside na eliminação de todas as peças danificadas ou no descarte para manter um inventário ordenado que facilite a identificação das peças.
- Seiton ou ordem: trata-se de buscar melhores processos para a organização e o armazenamento que permitam otimizar tempos.
- Seiso ou limpeza: consiste em manter os produtos limpos e em boas condições para evitar perdas e acidentes.
- Seiketsu ou padronização: baseia-se em capacitar os empregados nas normas que devem ser seguidas para que os métodos operacionais sejam realizados da melhor e única maneira.
- Shitsuke ou disciplina: trata-se de aplicar as quatro etapas anteriores até que se consiga uma mudança positiva na companhia. (blog.solistica.com)
O professor Balduir Carletto diz também que o setor automotivo tem usado muito as metodologias do Milk Run e do Cross Docking. A Rota do Leite, ou Milk Run, em Inglês, é uma técnica inspirada na forma de trabalho do setor leiteiro. Trata-se de um sistema roteirizado em que se deixa a mercadoria em um ponto e, ao mesmo tempo, coleta-se outra. Método muito útil num segmento com tantos componentes. Já o Cross Docking , que numa tradução livre significa “cruzando as docas”, é um sistema de distribuição em que a mercadoria comprada pelo cliente é recepcionada no armazém mas não chega a ser estocada, sendo despachada assim que possível para o comprador. No setor automotivo tal técnica é usada para reduzir os estoques. A diferença é que o cliente em questão é a própria empresa, que direciona a mercadoria diretamente para a linha de montagem.
Outra característica interessante neste segmento é o volume de documentos gerados entre as diferentes unidades de armazenagem de empresas da cadeia produtiva. Segundo o site o dclogisticsbrasil.com “o processo da logística automotiva exige documentos e notas que devem acompanhar as mercadorias desde o envio por parte do fornecedor até a chegada ao consumidor final. Então, para evitar problemas logísticos, os principais documentos necessários são:
- Nota Fiscal Eletrônica (NF-e);
- Documento Auxiliar de Nota Fiscal (DANFE);
- Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);
- Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE);
- Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e);
- Documento Auxiliar de Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (DAMDFE);
- Certificado de Registro e Licenciamento Veicular (CRLV);
- Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Cargas (RCTR-C)”.
Por isso é importante reforçar a necessidade de um bom software de gestão. Etiquetas RFID e códigos de barras podem ser alternativas bem interessantes para que ninguém se perca no emaranhado de diversos componentes.
Mas se, para simplificar, você faz parte desse segmento e deseja simplificar as coisas pode contratar um operador logístico ou até mesmo terceirizar toda a operação de Intralogística. Mas para isso fique atento a alguns detalhes e escolha um parceiro que atenda aos seguintes requisitos:
- Agilidade e eficiência full time nas operações;
- Proximidade com o cliente;
- Localização estratégica;
- Excelência em gestão de estoque;
- Rastreabilidade;
- Segurança;
- Gerenciamento de riscos;
- Informações precisas e controladas.
Seja qual for sua decisão a Águia Sistemas S/A está aqui para ajudá-lo. Somos os melhores do país em Intralogística. Mantenha contato conosco.